sábado, novembro 19, 2005

Pieno di colore

Era uma manhã cinza de novembro,
abro os olhos lentamente.
Não tenho motivos para acordar cedo,
só a vontade de te olhar dormindo que perturba meu sono.
Tua respiração na minha nuca,
os pés gelados que procuram calor nos meus.

Te olhar,
te ouvir,
te sentir.


É estranho que depois de tantas noites juntos ainda consiga achar excitante a visão de te ter na minha cama.
A manhã continua cinza.
O frio entra tímido pela fresta da janela.
O som da chuva caindo invade o quarto e é agora a nossa trilha sonora.

As horas passam,
o dia passa
e já é noite outra vez.


Não preciso comer,
não preciso beber.
Só preciso aproveitar cada momento ao lado teu,
cada minuto te sentindo perto de mim.
Dentro de mim.

Ouvindo as minhas besteiras,
meus sonhos,
meus delírios.


Se pudesse parar no tempo,
ficaria para sempre ali.
Naquele quarto,
naquela cama.

Naquela mesma manhã cinza de novembro.