Não vejo a hora de chegar na Europa. Como vou sozinha, estou com um pouco de medo, mas a vontade de conhecer a Itália, a França, de me embrenhar naqueles costumes e me sentir um pouco européia supera todo e qualquer receio. Agora, já tenho dois amigos milaneses, o Diego e o Renato. A Leti, ex-colega do Rafa, tem um namorado em Milão. Ela me deu o e-mail dele também. Já fico um pouco menos preocupada em saber que tem alguém lá que já sabe quem eu sou. E o Diego, que é com quem eu tenho falado mais, é uma pessoa muito legal. Tá me dando alta força.
Já tenho tudo pesquisado e mais ou menos escolhido. Passagem, curso. Essa semana pretendo ir na agência e me informar de tudo o que eu preciso para conseguir um visto de estudante. Vou precisar ter permissão para trabalhar. Essa semana também pretendo pegar o meu diploma (já faz um ano que me formei e ainda não peguei o maldito) e fazer o meu registro de jornalista. Preciso também renovar o meu passaporte. Graças a Deus, nunca fiquei tão feliz de poder trocar a foto de um documento. Quando fui aos Estados Unidos, tive vergonha de entregar o passaporte pro cara da imigração. Imagino que eu tenha ficado puxando de um lado e o carinha do outro, hahahaha... Hoje, vejo que foi por um bom motivo, ainda tenho meu visto americano - que hoje é uma coisa tão difícil de conseguir.
Ainda falta falar com o meu chefinho querido, que está de férias. Sem isso, eu não posso tocar absolutamente nada. Acho que por ele não vai ter problema.
O engraçado é que eu vou pra Itália, mas não consigo tirar o francês da minha cabeça. A real é que a minha vontade mesmo era morar em Paris. Mas aí a coisa complica muuuuuuito mais. Se em Milão o troço já é meio ruim, imagina em Paris, onde estrangeiro e merda é a mesma coisa?