Pode parecer clichê,

mas, para mim, não existe gosto melhor do que gosto de beijo.
Claro que não é o gosto de qualquer beijo. Bom é beijo da pessoa amada, beijo com muito tesão, beijo inesperado, beijo muito esperado, beijo roubado. Puta merda, beijar é bom demais. Teve uma época que eu achava que beijar podia ser até melhor do que fazer amor.

Dica do dia: Beijem muuuuuuuito!!!!

Beijo
Bacio
Baiser
Beso
Kus
Kiss
接吻
φιλί
Kuß
поцелуй

Revelações

O cabelo lhe cobrira a face e as imagens estavam agora um pouco turvas. Prendeu o cabelo e tomou um gole do café dormido que ficara esquecido na mesa da cozinha. O sabor amargo misturado ao gosto de ressaca a fizeram lembrar dos acontecimentos da noite passada. As taças de vinho, as conversas perdidas...
Sentou-se na beira da cama, cobriu-se com o lençol encardido e acendeu um cigarro.
A dor de cabeça não a deixava. Pegou um livro, ligou a TV, tentou escutar Coldplay. De nada serviu. Imagens desconexas passavam como um filme se repetindo. Não chorou, não riu, nada sentiu. Apenas lembrou.
Nada do que acontecera a deixara chocada. Beijos, despedidas, revelações. Era como se estivesse anestesiada. Sentiu-se fria, exageradamente blasé.
Como chegara àquele estado de espírito? Era mesmo um estado de espírito ou era apenas mais um mal contemporâneo que acometia aqueles acostumados às desgraças do dia-a-dia?
Suspirou como se concluísse uma conversa consigo mesma. Levantou-se da cama, vestiu sua calça jeans mais velha e foi trabalhar. Ao sair na rua colocou depressa os óculos escuros. Não eram os olhos borrados de rímel que a preocupavam, mas a luz do dia que a acordava e a trazia de volta para vida real.

Out of the little house...

Dia desses, dirigindo, pensei em duas coisas que queria escrever aqui. Mas o estado em que a minha cabeça anda fez com que eu esquecesse. Acho que eram coisas legais, boas e escassas inspirações.
Ontem, comprei minha passagem - no dia 08 de maio embarco rumo a Buenos Aires, Roma e enfim, Milão - e anteontem, paguei o curso de italiano.

Minha cabeça anda tão abarrotada de pensamentos que ontem fiz uma coisa muito absurda e perigosa. Parei na sinaleira do Eco Posto, na frente da ZH. Logo adiante, tem outra sinaleira bem próxima, só uma rua separa uma da outra. Estava tão fora da casinha, que a segunda sinaleira abriu, e eu arranquei. Atravessei a rua despreocupada. Achei estranho que nenhum carro me seguiu e, quando olhei pelo retrovisor - tudo isso em questão de segundos - vi os carros todos parados lá atrás. Quando pensei: "Putz! Passei o sinal fechado", um ônibus passou a uns 80 km/h por onde eu acabara de atravessar. Fiquei de boca aberta e apavorada por mais uns 5 minutos...
Li uma entrevista da Fernanda Torres onde ela contava que de tão destraída, uma vez passou o sinal fechado por que olhava para aqueles relógios de rua ao invés de olhar para a sinaleira. Quando trocou do horário para a temperatura, ela arrancou.
Graças a Deus ainda tem gente pior que eu...

Manias

Descobri que tenho a mania de olhar meus e-mails de cinco em cinco minutos. E o pior: se não tem nada novo, fico deprimida.

Inspirações... ou a falta delas

Como tem me faltado inspiração... É difícil escrever quando a cabeça está cheia demais. Agora, com a minha viagem, espero poder escrever mais e com mais conteúdo. Histórias milanesas não vão faltar.

Sentimentos dúbios passam pela minha cabeça: Fico um pouco triste de ficar longe das pessoas que mais amo, mas, ao mesmo tempo, sou a pessoa mais feliz por realizar um sonho.

Notícias quentinhas:
Fiquei as duas últimas semanas trabalhando no Casa&Cia, a experiência foi maravilhosa. A Eleone - editora do caderno - me recebeu bem demais e aprendi horrores com ela. Escrevi feito uma condenada, mais de 15 textos. Foi muito, muito bom. Sei que meus textos ficaram longe do ideal, mas o Casa exige textos bastante específicos e isso necessita de um pouco de prática, de aperfeiçoamento.

Quase oficial

Falta um mês e três dias para eu embarcar para Milão. Minha passagem está marcada para dia 08 de maio, um domingo.
Estou muito ansiosa, nervosa, mas não vejo a hora de me mandar.
Complicado esse nó na garganta, essa ansiedade toda.
Quero só ver como vai ser esse vôo.
Tô muito, muito, muito feliz. E isso é maior que qualquer angústia.

Atolada...

Nunca imaginei que pudesse pegar um alagamento como o que peguei ontem. Todos os lugares por onde eu tentei passar estavam debaixo d'água. Confesso que fiquei um pouco em pânico. Depois de uma hora na tranqueira da cidade, do meu carro quase ter apagado milhões de vezes, cheguei em casa com o pescoço doendo e as costas acabadas.
Tinha a festinha de aniversário da Laura para ir, mas até parece que eu ia me arriscar a sair de casa de novo... Espero que pelo menos a seca termine depois dessa água toda...