Inveja boba
Quando eu era criança (dizer quando eu era pequena chega a ser ridículo para alguém do meu tamanho), eu morria de ciúmes por que a minha irmã era sempre a que se quebrava. Quebrou braço, perna, dedo... Para ela, aquela história dos amigos escreverem no gesso chegava a ser até monótona. Eu sempre quis me quebrar. Aí, os anos passaram-se, eu nem lembrava mais desse ciuminho. Não é que no sábado, brincando no mar - inacreditavelmente - limpo e azul de Atlântida, bato o meu dedinho e quebro ele inteirinho? E ainda tive que sair do mar carregada. Chegou a juntar gente olhando e achando que eu tinha me afogado.
Serviu para eu descobrir que se quebrar só é bom quando tu tens o dia inteiro para ficar com o pé pra cima vendo Sessão da Tarde. Não é nada legal quando se tem um jornal para tocar e um editorial de moda para fazer...
O resultado é um mês sem dirigir, um mês sem caminhar direito, um mês sem dançar, um mês sem banho de mar.
A fotinho do meu findi cês conferem aí. Meleca.
